VINHOS E AZEITES

PORTUGAL

O vinho em Portugal, 2000 anos de história conjunta

Falar da história do vinho em Portugal implica falar da própria fundação da nação e dos vários povos que por aqui passaram ao longo de vários séculos.

Introduzida há mais de 2000 anos pelos Tartessos e Fenícios, foram os Gregos que, através de uma dedicação especial ao vinho, desenvolveram a viticultura na Península Ibérica.

A passagem dos Romanos pelo território viria acompanhada pela introdução de novas variedades assim como o aperfeiçoamento e modernização da cultura da vinha, o que levaria a que o vinho se tornasse no principal produto exportado a partir da Península Ibérica no período compreendido entre os séculos XII e XIII.

A fama do vinho aqui produzido acabaria por se estender até ao norte da Europa, com a produção a ganhar um maior fôlego a partir da segunda metade do século XVI, como consequência do aumento das exportações.

Dois séculos depois, sob a influência do Marquês de Pombal, a região do Alto Douro, em Portugal, viria a ser alvo de várias medidas protecionistas que contribuiriam para o aumento da produção e exportação de um dos vinhos mais famosos do mundo, o Vinho do Porto.

Em 1756 era criada a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro que levaria não só um maior controlo sobre a produção, qualidade e comércio do Vinho do Porto, como também à primeira demarcação oficial de uma região vitivinícola no mundo. (Fonte: Observador)

 

20476561_1566111533454430_839762651649847273_n.png
VB4.jpg
olival.jpg
250 500.png

Azeite uma tradição em Portugal

O Azeite esteve sempre presente nos recantos da vida diária dos portugueses: na candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos solenes templos de velhos cultos.
 Mítico, bíblico, romanesco e histórico, “o Azeite vem sempre ao de cima”. Enfrentou a nova verdade dos mercados selectivos e deixou de ser simplesmente o Azeite, para adoptar o berço de uma origem e assumir a identidade de uma marca.
 Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos mais remotos tempos. Segundo rezam as crónicas, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e estes, possivelmente, tinham-na encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os Árabes mantiveram a cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra Azeite tem origem no vocábulo árabe az-zait, que significa “sumo de azeitona”.
 De facto, as primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em Portugal aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se realizou. É assim que os primeiros forais que se referem à produção olivícola dizem respeito às províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo.
 Até finais de século XII, em Portugal, não é mencionada a cultura da oliveira nem o interesse económico da sua produção. Contudo, no século XIII, o Azeite já ocupa um lugar importante no nosso comércio externo, posição que manterá posteriormente, podendo afirmar-se que esta gordura era um produto muito abundante na Idade Média.
 Mais tarde, são as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalização da agricultura, dedicam especial atenção ao fabrico do Azeite. O “óleo sagrado” vai ter uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra, do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Resistente à seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se numa presença constante na agricultura portuguesa. (fonte: Casa do Azeite