Vinhos Tintos
"Apellation contrôlée": Douro foi a primeira área delimitada, em 1756
Castas ancestrais e a arte portuguesa da mistura
Portugal tem uma infinidade de vinhos tintos, que podem ser suaves e aromáticos, com estrutura, robustez ou elegância. As vinhas ao longo da costa Atlântica portuguesa produzem vinhos tintos leves, aromáticos e, normalmente, com álcool à volta dos 11% e taninos suaves. As regiões de eleição para o estilo leve e aromático se situam maioritariamente no sul de Portugal, com o Alentejo a encabeçar a lista dos vinhos sedosos, jovens e perfumados, repletos de fruta madura.
Os Verões quentes do Alentejo auxiliam o amadurecimento das uvas e, se as uvas doces estão doces, criam vinhos com muito corpo e muita fruta. Estes vinhos podem ser baratos, ricos e ou muito caros, ainda mais ricos, densos e envelhecidos em madeira, mas mesmo assim com uma certa opulência e charme. O Tejo ou as áreas mais altas do Douro também produzem vinhos com estrutura. Os taninos suaves facilitam a harmonização destes vinhos com comida.
O vale do Douro é propício a criar este estilo de vinho. Normalmente de taninos bem presentes nos primeiros anos após a colheita. Estes vinhos envelhecem bem: com o tempo os taninos se tornam mais suaves e a fruta mais madura. Quanto mais alto o preço, mais deverão evoluir com a idade - mas por vezes, isto é apenas um lugar- comum. Trás-os-Montes e Bairrada também produzem tintos robustos.
A altitude elevada, os solos graníticos, o clima frio e as maturações longas são as principais características da região do Dão, responsável por gerar uma grande quantidade de vinhos tintos elegantes. A Touriga Nacional é misturada com Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen e outras castas, para produzir vinhos intensos no sabor, perfumados, ácidos e equilibrados. Os tintos de Palmela, na Península de Setúbal, também podem ser elegantes, quando feitos a partir da casta Castelão.
Vinhos tintos são muito versáteis. Podem ser consumidos durante todo o ano e harmonizam na perfeição com uma grande variedade de comida.
Vinhos Verdes
Região originariamente demarcada a 18 de Setembro de 1908
Há um Vinho Verde para cada momento
A Região Demarcada dos Vinhos Verdes estende-se por todo o noroeste de Portugal, na zona tradicionalmente conhecida como Entre-Douro-e-Minho. Em termos de área geográfica é a maior Região Demarcada Portuguesa, e uma das maiores da Europa. A região dos Vinhos Verdes é diversificada e versátil em estilos e perfis de vinho, conhecida por produzir não só vinhos leves e frescos, mas também vinhos minerais, complexos e estruturados.
Na vasta extensão do noroeste de Portugal, uma manta de vegetação exuberante estende-se pelos picos escarpados das montanhas, cobrindo os vales interiores à medida que avança até ao mar. É desta terra, densamente povoada e de solos férteis, que nascem vinhos incomparáveis. Desde os Vinhos Verdes de estilo clássico, jovens, leves, frescos e com baixo teor alcoólico aos Vinhos Verdes sofisticados, com grande potencial de guarda, aromas e sabores complexos, intensos e minerais.
Vinhos Brancos e Rosés
No país dos blends os clássicos do verão
Se você só bebe tintos, está na hora de rever o conceito!
Os brancos portugueses podem ser leves e frescos ou com estrutura. Os primeiros são vinhos suaves e aromáticos, onde predominam notas florais e frutadas. Costumam ser providos de uma acidez firme e uma graduação alcoólica baixa. São vinhos que devem ser bebidos jovens e frescos. São parceiros ideais para o Verão, embora possam e devam ser consumidos durante todo o ano.
Já os segundos são ligeiramente alcoólicos e ricos em textura, estes vinhos nascem em vinhas debaixo de um sol abrasador e verões de altas temperaturas. Podem ser enriquecidos com fermentação em carvalho, o que faz com que fiquem mais densos e estruturados, e/ou maturação em carvalho, que lhes confere sabores ligeiros ou acentuados de madeira. Estes são vinhos que casam bem com comidas de sabores fortes.
Portugal é um país de rosados, como demonstram tantas marcas de forte
presença internacional. Não há nenhuma região portuguesa onde não cresça um vinho rosado. Normalmente, os vinhos rosés apresentam uma acidez ligeira, baixo teor alcoólico e um corpo leve, especialmente quando crescem em locais mais frios de influência marítima ou altitude elevada. Os rosés são uma alternativa fresca e frutada aos brancos secos. A maior parte dos rosés combina bem com qualquer alimento e pode ser uma boa e pouco alcoólica forma de acompanhar um churrasco de Verão. Os rosés secos e frutados são óptimos com uma variedade de comida ligeiramente temperada, incluindo sushi, vegetais e pratos de salada, graças à sua doçura suave .
Vinhos Espumantes
Clássicos do terroir português
Espumantes portugueses entraram na moda!
Muitas vezes consumidos apenas de forma individual, em brindes especiais, comemorações ou festas e sem qualquer tipo de alimento, espumantes acompanham muito bem vários pratos da culinária. Espumante é a bebida perfeita para ser consumida entre amigos, família, etc.
Vinhos espumantes portugueses são produzidos nos climas mais frescos de Portugal. Na Bairrada espumantes têm uma elevada reputação, elaborados a partir da prensagem da casta Baga ou Touriga Nacional ou da perfumada Maria Gomes, Arinto, Bical e, por vezes, Chardonnay. A região de Távora-Varosa, fria e situada a alta altitude, a sul do Douro e a norte do Dão, faz vinhos espumantes de Malvasia Fina e, cada vez mais, de castas típicas do Champanhe (Chardonnay e Pinot Noir). Nos últimos anos as regiões do Vinho Verde e Bucelas, pelas boas condições naturais para o estilo, têm igualmente apostado na espumantização. Os espumantes da Bairrada são produzidos pelo método clássico e classificados como Brut Nature, Brut, Seco ou Demi-Sec, de acordo com o grau de doçura. Espumante é a bebida que combina com todas as datas e pode ser servida com qualquer comida, basta saber escolher o mais perfeito para cada prato. No geral, pratos mais leves com espumante branco; receitas medianas com espumante rosé, e comidas fortes com espumante tinto.
Vinhos Fortificados
Ícones de Portugal
Históricos, mundialmente famosos, doces e fortes!
VINHO DO PORTO
O Vinho do Porto é um vinho licoroso, produzido na Região Demarcada do Douro, sob condições peculiares derivadas de fatores naturais e humanos. O processo de fabrico, baseado na tradição, inclui a paragem da fermentação do mosto pela adição de aguardente vínica a lotação de vinhos e o envelhecimento.
O vinho do Porto está dividido em três grandes famílias: Branco, Tawny e Ruby. A primeira é elaborada a partir de castas brancas e as duas restantes a partir de castas tintas. O Vinho do Porto distingue-se dos vinhos comuns por suas características particulares: riqueza e intensidade de aromas, persistência muito elevada de aroma e de sabor, teor alcoólico elevado (entre 19 e 22% vol.).
O Vinho do Porto pode ser muito doce, doce, meio-seco, ou extra seco e divide-se em 2 categorias de envelhecimento: Tawny e Ruby.
MOSCATEL
A casta Moscatel produz um vinho doce fortificado na região do Douro e também na Península de Setúbal (o mais famoso). A maior parte do vinho Moscatel é vendido jovem e frutado, mas com a idade, o vinho adquire sabores de nozes e figos. O Moscatel de Setúbal só pode ser assim designado, se pelo menos 85% do vinho for composto pela casta Moscatel, Moscatel de Setúbal ou Moscatel Roxo (uma casta rara e ligeiramente diferente das outras Moscatel). Os sabores a laranja, limão, flores e uvas do vinho Moscatel são parceiros perfeitos para sobremesas e pudins – pratos doces aromatizados com citrinos, café, chocolate, avelãs, amêndoas, arroz doce, leite-creme e todos os doces com ovos e açúcar que a doçaria conventual portuguesa oferece. O Moscatel é também uma boa escolha para Pavlova e outras sobremesas como merengues.